Elon Musk vai testar em breve chip cerebral em humanos

Dispositivo sem fio pode permitir que pacientes com deficiência se movam e se comuniquem novamente

O bilionário Elon Musk declarou na quarta-feira 30 que o chip cerebral desenvolvido por sua empresa, a Neuralink, vai começar a ser testado em humanos em menos de seis meses. A novidade foi anunciada durante um evento público online.

Segundo a Neurolink, o dispositivo sem fio para o cérebro pode permitir que pacientes com deficiência se movam e se comuniquem novamente. Do tamanho de uma moeda, o chip segue em fase de testes em animais, como macacos e porcos, há alguns anos.

“Queremos ser extremamente cuidadosos e ter certeza de que funcionará bem antes de colocar um dispositivo em um ser humano”, afirmou Musk. “Mas acho que submetemos a maioria de nossa papelada ao FDA (a agência norte-americana reguladora de medicamentos) e achamos que provavelmente em cerca de seis meses poderemos ter nosso primeiro Neuralink em um ser humano.”

Um dos homens mais ricos do mundo, Elon Musk é CEO da Tesla, diretor-técnico da SpaceX e dono do Twitter. Em mensagem publicada nas redes sociais, o bilionário disse que os arquivos da empresa de comunicação sobre “supressão da liberdade de expressão” serão publicados em breve, na própria plataforma.

Caixa-preta do Twitter

No ano passado, o ex-chefe de segurança de dados do Twitter Peiter Zatko denunciou uma série de irregularidades na plataforma, que teria enganado agências reguladoras federais e o próprio conselho de administração da empresa. O executivo alegou que a big tech omitiu “deficiências extremas e flagrantes” no sistema de defesa contra invasores.

Segundo o jornal The Washington Post, Zatko entregou à Securities and Exchange Commission, agência de regulamentação do mercado financeiro, um documento de 80 páginas. Esse material mostrou dezenas de fraudes e ilicitudes cometidas nos últimos anos.

Zatko também disse ao periódico que o Twitter quebrou um acordo firmado em 2011 com a Federal Trade Commission, uma agência de defesa do consumidor e antitruste, ao utilizar servidores com software desatualizado. Essa defasagem torna a empresa um alvo mais fácil de ser atingido.

O denunciante também acusa o Twitter e seu antigo CEO Parag Agrawl de terem mentido sobre o número de contas falsas ativas na plataforma. Esse incidente bloqueou temporariamente a compra da big tech por Musk. Neste ano, contudo, a aquisição do Twitter foi confirmada.

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