Foram 89 alvos atingidos no norte do país, em que morreram 31 pessoas
A nova onda de ataques da Turquia contra posições curdas no norte da Síria provocou críticas de Estados Unidos e Rússia, os dois maiores aliados de Ancara.
Ao todo, segundo o Ministério da Defesa turco, foram 89 alvos atingidos no domingo 20. A operação, na qual morreram 31 pessoas, de acordo com uma organização que monitora a situação na Síria, aconteceu nas regiões do norte do Iraque e da Síria, “usadas como bases para ataques de terroristas em nosso país”, afirmou o ministério.
Os ataques são em resposta ao atentado atribuído a curdos em Istambul há uma semana, que deixou seis mortos e mais de 80 feridos.
A Turquia culpa o Partido dos Trabalhadores do Curdistão pelo atentado de Istambul, o mais violento em cinco anos no país.
O Departamento de Estado dos EUA pediu uma “desescalada” na situação milita,r e o Kremlin, apesar de “reconhecer as preocupações de segurança de Ancara”, requisitou “comedimento” na operação. Os dois países informaram que não desejam a “desestabilização do norte da Síria”.
Os curdos são a maior etnia sem país do mundo, espalhados pelo Oriente Médio. Na Turquia, são oposição ao governo central há décadas e classificados como terroristas.