“Já ganhou a eleição? Cala a boca e vai trabalhar”, dispara Guedes

Para o ministro, conflito entre social e fiscal revela incapacidade técnica

O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou, nesta sexta-feira (18), que é ignorância e incapacidade técnica declarar que há um conflito entre responsabilidade fiscal e social. Segundo ele, o maior programa de responsabilidade social do Brasil foi criado pelo governo Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Guedes, o Auxílio Brasil tem orçamento de R$ 150 bilhões e o Bolsa Família tinha R$ 50 bilhões. “Fizemos um programa social três vezes maior”, afirmou.

Guedes ainda questionou onde estavam os 30 milhões de brasileiros passando fome que não foram descobertos durante o governo do PT.

“Já ganhou a eleição? Cala a boca, vai trabalhar, vai construir um negócio melhor. Se fizer menos barulho, trabalhar um pouco mais com a cabeça e menos com a mentira, talvez possa ser bom governo”, disparou.

O ministro também criticou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que prevê tirar do teto de gastos as despesas com o Bolsa Família. Segundo ele, usar o espaço fiscal para financiar obras públicas é um erro.

“Fazer PEC sem fonte de financiamento para fazer obras? Já ouvi essa história”, afirmou.

Guedes apontou também que o governo Jair Bolsonaro devolve o país com superávit primário pela primeira vez em dez anos. Segundo ele, nos quatro anos de governo, o teto de gastos foi respeitado, a não ser em situações excepcionais.

“Teoria econômica aplicada funciona. Colocamos o Brasil no caminho da prosperidade. Comparado ao período anterior, onde não houve Covid e guerra geopolítica, o desempenho da economia foi melhor conosco do que antes. Chegamos falando que o Estado brasileiro gasta muito e gasta mal. Cortamos privilégios com a reforma da Previdência”, apontou o ministro.

Guedes disse que o teto de gastos foi mal construído, apesar da filosofia original ser correta. Para ele, com o aumento de gastos nos últimos 30 anos, era necessário reduzir esse ritmo de expansão. Entretanto, ele criticou o fato de a norma não ter mecanismos para distribuição de recursos em momentos de bonança ou de crises.

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