Divulgado no início da tarde desta sexta-feira, 18, o mais recente Boletim da Polícia Rodoviária Federal (PRF) informa que há 17 manifestações de caminhoneiros em rodovias do país: quatro bloqueios totais em estradas federais e 13 interdições parciais. Pela manhã, havia apenas seis interrupções, todas em Rondônia, na BR 364, que liga o Estado a Mato Grosso.
Desde 9 de novembro, nenhuma interdição ou bloqueio haviam sido registrados pela PRF. As manifestações nas rodovias começaram depois do segundo turno das eleições, em 30 de outubro, e duraram até 8 de novembro. Até agora, segundo a PRF, 1,1 mil manifestações foram desfeitas.
Conforme a PRF, os quatro bloqueios totais ocorrem em Porto Velho e Presidente Médici (RO), em Caruaru (PE) e em Lucas do Rio Verde (Mato Grosso).
Este vídeo, que teria sido gravado nesta sexta-feira, mostra um bloqueio em Lucas do Rio Verde, onde os manifestantes interditaram a pista ateando fogo em pneus.
Outro vídeo mostra uma fila formada por uma manifestação em Presidente Médici, iniciada na noite de quinta-feira 17.
Nas redes sociais, dezenas de vídeos estão sendo publicados com informações sobre uma possível greve de caminhoneiros a partir deste fim de semana. Porém, não se trataria de um evento centralizado, com comando de alguma entidade ou sindicato, mas de uma decisão a ser tomada por cada motorista.
Também há manifestações em frente a quartéis do Exército em diversas cidades do país. Os manifestantes questionam a lisura do processo eleitoral.
Áudios que circulam em grupos de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro dão conta de caminhoneiros que sugerem “trancar” as rodovias e, inclusive, resistir à eventual ação policial. Os áudios sugerem obstruir vias em municípios de Mato Grosso, como Sinop, Campo Novo do Parecis e Sorriso. Até o momento, não há confirmação oficial.
Manifestações de caminhoneiros em protesto contra Alexandre de Moraes
Um dos áudios sugere que os caminhoneiros estão revoltados com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, de bloquear as contas bancárias de 43 alvos, entre eles, pessoas físicas e jurídicas, suspeitos de estarem financiando os atos da categoria pelo Brasil.