O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou, na terça-feira, 1º, estado de exceção nas Províncias de Guayaquil e Esmeraldas, depois da morte de cinco policiais. Os agentes das forças de segurança foram mortos em retaliação à transferência de presos ligados ao narcotráfico.
Em discurso no rádio e na televisão, Lasso determinou um toque de recolher a partir das 21 horas pelo horário local (23 horas em Brasília). A medida vai permanecer por 45 dias.
“O que aconteceu entre ontem à noite (segunda-feira) e hoje (terça-feira) em Guayaquil e Esmeraldas mostra claramente os limites que o crime organizado transnacional está disposto a superar”, disse o presidente do país. “Estamos tomando ações que os preocupam, daí a reação violenta.”
A Constituição equatoriana permite que o presidente decrete estado de exceção em caso de grave comoção interna, liberando o uso das Forças Armadas até que a ordem seja restabelecida.
O Ministério da Educação suspendeu as aulas nesta quarta-feira, 2, em Esmeraldas (capital da província de mesmo nome, na fronteira com a Colômbia).
Organizações do narcotráfico atacaram instalações policiais e postos de gasolina com explosivos e balas, em resposta à transferência de prisioneiros da prisão Guayas 1, em Guayaquil, um dos principais cenários dos repetidos massacres entre detentos que deixaram cerca de 400 mortos desde fevereiro de 2021.
As autoridades informaram que 61 policiais morreram neste ano também devido à violência.