Campanha petista alega que há ‘falta de isonomia’ da emissora na cobertura eleitoral
A campanha do Partido dos Trabalhadores (PT) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta sexta-feira, 14, contra a Jovem Pan. A cooligação liderada pelos petistas alega que há “falta de isonomia” da emissora na cobertura eleitoral.
Segundo o PT, a TV Jovem Pan News é “amplamente favorável” ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e “desfavorável” ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A ação pede, em caráter liminar, que a emissora passe a dar cobertura “isonômica” aos candidatos, sob pena de multa.
Os advogados petistas citaram episódios de programas como Morning Show, 3 em 1 e Os Pingos nos Is, nos quais seus comentaristas “fazem ataques sistemáticos” a Lula e “elogios” a Bolsonaro. Desde o início da campanha, 27 vídeos da Jovem Pan foram excluídos de seus canais no YouTube, a pedido da cooligação Lula-Alckmin.
A campanha do PT solicita que Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho (Tutinha), o dono da empresa, seja investigado por “uso abusivo de meios de comunicação” e que termine o “tratamento privilegiado” dado a Bolsonaro. O documento menciona o suposto aumento da receita com publicidade recebida pela Jovem Pan durante o atual governo.
Pandemia de intolerância
Reportagem publicada na Edição 131 da Revista Oeste mostra a ofensiva do PT e dos veículos de comunicação contra a Jovem Pan.
“Desde o início do governo Bolsonaro, a Jovem Pan recebeu R$ 4 milhões em verbas publicitárias”, escrevem Augusto Nunes e Edilson Salgueiro. “Tal valor é inferior ao registrado nas gestões de Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer. No primeiro mandato de Lula, foram R$ 6 milhões. Entre 2007 e 2010, mais R$ 8 milhões. Dilma destinou ao grupo empresarial R$ 7,5 milhões no primeiro mandato. Entre 2015 e 2018, foram R$ 8 milhões.
Em contrapartida, o Grupo Folha abocanhou R$ 371 milhões nos dois mandatos de Lula. Dilma e Temer, somados, transferiram R$ 156 milhões. No governo Bolsonaro, a catarata de reais secou: apenas R$ 2 milhões irrigaram o caixa da Folha. O fim da farra ajuda a entender a hostilidade do jornal ao presidente da República.”