Record TV noticiou aliciamento sexual em Marajó em 2017

Reportagem mostra como a pobreza extrema contribui para a exploração de crianças

A senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF) tem sido acusada de mentir sobre a exploração sexual de menores na Ilha de Marajó, no Pará, porém é possível encontrar muitas informações sobre o tema.

Em 2017, o Jornal da Record, da Record TV, fez uma série de reportagens sobre o aliciamento de menores em que crianças tinham seus corpos violentados em troca de produtos como óleo diesel, combustível utilizado nos barcos que são os principais meios de transporte de quem mora na região.

A reportagem mostrou que a extrema pobreza faz com que as crianças sirvam de moeda de troca por alimentos e combustíveis. As famílias são as principais envolvidas no esquema de oferecer as crianças para pedófilos em troca de produtos.

A promotora de justiça Mônica Freire declara que já ouviu depoimento de que as próprias famílias induzem as crianças a irem para o rio em busca de recursos.

Uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) chegou a ser feita pela Assembleia Legislativa do Pará sobre o assunto e, segundo os dados da reportagem, entre os anos de 2005 e 2009, cerca de 100 mil crianças paraenses sofreram abuso, violência ou exploração sexual. Sendo que para 18% delas esses atos aconteceram entre os 6 e os 10 anos de idade.

O deputado estadual Carlos Bordalo, que participou da CPI da Exploração Sexual disse que eles constataram problemas inegáveis e graves.

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