O Partido dos Trabalhadores (PT) acionou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra 34 perfis conservadores no Twitter, que, segundo a legenda, compartilham “fake news” sobre a sigla e criam uma “guerra cultural”. Estão inclusos na representação, portais como Brasil Paralelo, a Revista Oeste e parlamentares como Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Nikolas Ferreira.
Segundo o advogado Zanin Martins, responsável pela representação, somente o Twitter possui condições de ” enfrentar essa rede de desinformação”. Eles pedem que a plataforma cumpra o “termo de cooperação” acertado com a Corte Eleitoral para impedir a divulgação de “mentiras”, mas não apresentam as provas das supostas fake news.
“É possível perceber uma unicidade quanto aos temas e quanto aos usuários que publicam reiteradamente fake news, criando uma verdadeira guerra cultural que polariza o cenário eleitoral entre o alegado bem contra o mal”, defende a campanha de Lula.
Em resposta, a Brasil Paralelo se pronunciou destacando ser alvo de tentativa de censura.
“A Brasil Paralelo é uma mídia independente com 6 anos de existência e mais de 400 mil membros assinantes. Seu trabalho reflete a seriedade de anos de pesquisas e estudos desenvolvidos pela empresa. A representação do PT até então não apresentou quais erros ou conteúdos específicos. A medida é uma tentativa clara de censura para remover conteúdos que podem prejudicar sua imagem”, declarou o portal.
A Revista Oeste afirmou que há um esforço por parte da legenda de cercear a liberdade de imprensa.
“No momento eleitoral, em que deveria ser mais valorizado o princípio fundamental da liberdade de imprensa, a atividade jornalística está sendo tolhida de todas as formas. A crítica e a revelação de fatos compõem o mister jornalístico e, ainda que desagradem a alguém, constituem direito fundamental em qualquer Estado Democrático de Direito”, frisou o periódico.