Ao ser interpelado sobre uma possível carta aos evangélicos no segundo turno, Lula (PT) disse que não precisa prestar conta às pessoas. A pergunta foi feita durante uma coletiva de imprensa, com lideranças do PSD, em um hotel na capital paulista.
“Não preciso prestar conta às pessoas”, disse o petista
A Lei nº 12025 de 03/09/2009, da Marcha Pra Jesus, é de autoria do então senador Marcelo Crivella (PR-RJ) e foi apenas sancionada pelo petista, na época presidente da República. Já o Dia do Evangélico, está previsto na lei 12.328 de 2010. A legislação não representa ponto facultativo, sendo de autoria do então deputado federal Cleber Verde (Republicanos-MA). Mais uma vez, Lula sancionou a medida, mas não é o autor dela.
Aceno à base ruralista
Na mesma pergunta, o petista foi interpelado se faria algum aceno à base ruralista, com quem o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) sempre dialogou bem.
“É só fazermos uma comparação”, explicou Lula. “Não preciso ficar fazendo carta ou aceno. O que tenho é um legado de oito anos como presidente da República que me fez terminar o mandato com 87% de aprovação.”
Em 28 de agosto deste ano, em sabatina no Jornal Nacional, o petista afirmou que o agronegócio brasileiro era “fascista e direitista”. O agronegócio brasileiro alimenta quase 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Aproximadamente 200 países recebem as frutas, as verduras e os legumes produzidos no Brasil. Os produtores rurais brasileiros abastecem a África, a Ásia e a Oceania.
Em 2021, no governo Bolsonaro, o Brasil foi considerado o maior exportador líquido de alimentos. Produtos como soja, milho e algodão, por exemplo, aceleraram a produção. De 2000 a 2020, o país teve uma participação de quase 15% no valor mundial das exportações de grãos, segundo dados divulgados pelo Consumer Price Index, indicador norte-americano de inflação. Se considerado apenas o ano de 2020, contudo, a participação brasileira ultrapassa a marca de 20%.