Presidente da Argentina torce para que esquerda volte a se estabelecer no Mercosul
O presidente da Argentina, Alberto Fernández, ratificou nesta terça-feira (20) seu apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, antes das eleições de 2 de outubro no Brasil.
“Lucho Arce voltou a ser presidente da Bolívia, Gabriel Boric venceu no Chile, Gustavo Petro venceu na Colômbia, e Lula está batalhando no Brasil. Deus queira que tudo corra bem e os brasileiros o acompanhem”, disse Fernández durante uma conferência na universidade The New School de Nova Iorque.
O presidente argentino destacou que “é possível” que, caso os resultados eleitorais coincidam com as pesquisas que apontam Lula como vencedor, se estabeleça uma “linha muito mais simples de comunicação e trabalho” entre México, Brasil e Argentina.
“Hoje isso é um pouco mais difícil, porque os governos não estão alinhados da mesma forma”, afirmou Fernández.
Ele reforçar sua intenção de “concretizar” uma moeda comum com o Brasil e os demais países-membros do Mercosul nos próximos anos.
“A integração por meio de uma moeda comum seria maravilhosa e, se conseguíssemos, seria maravilhoso. Seria o começo para sair desses sistemas internacionais que nos ajudam pouco, mas nos punem muito mais”, acrescentou Fernández, em alusão indireta ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Argentina caminha para uma inflação anual recorde em 2022. Segundo o Banco Central (BC) do país, as estimativas apontam para uma inflação beirando os 95%, de acordo com uma pesquisa mensal publicada na sexta-feira 9.
A nova previsão para a variação no Índice de Preços ao Consumidor é 4,8 pontos porcentuais superior à estimativa do mês anterior. A terceira maior economia da América Latina sofre há muito tempo com a alta dos preços.