Colômbia e Canadá indicaram intenção de contar com a ferramenta; nos EUA lançamento será em 2023
No Brasil, o Pix — sistema de pagamentos instantâneo — é operado por mais de 770 instituições. Prestes a completar dois anos em funcionamento, a modalidade deve bater a marca recorde de R$ 1 trilhão em transações realizadas em um único mês.
O modelo do sistema de pagamentos brasileiro deve ser replicado, em breve, em outros países. A Colômbia e o Canadá já demonstraram interesse na versão em funcionamento no Brasil, segundo o Banco Central (BC).
“Eu tenho conversado bastante com o Banco Central da Colômbia. Por lá, eles querem fazer igual”, afirmou o presidente do BC, Roberto Campos Neto, durante um evento no mês passado, mencionando ainda o interesse canadense.
O Pix foi elogiado por instituições como o Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), que destacou “os menores custos e maior inclusão financeira” com a ferramenta. Para Campos Neto, a atração de outros países se dá pelo baixo custo. “O Pix é muito barato, custou R$ 5 milhões para o Banco Central.”
Por conta da facilidade de mandar e receber dinheiro, e pelo fato de não ter taxas, a adesão dos brasileiros ao sistema é considerada um sucesso. O total de usuários com acesso ao Pix soma quase 132 milhões de pessoas físicas.
Estados Unidos planejam lançamento para 2023
O Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês) inicia neste mês os testes do seu sistema de pagamentos instantâneos, o FedNow. Espécie de versão americana do Pix, ele promete revolucionar a forma como se envia e recebe dinheiro na maior economia do mundo.
A promessa do BC americano é de que o FedNow esteja disponível a instituições financeiras de todos os tamanhos nos EUA. E, assim, conecte empresas e famílias americanas, facilitando os pagamentos em uma economia onde o cheque ainda é presença frequente. Tal como o Pix, a nova ferramenta vai funcionar 24 horas por dia, sete dias por semana. A expectativa do Fed é de lançar o sistema até julho 2023.