Coligação da legenda na Bahia argumentou na Justiça que instituto fez levantamento ‘eivado de inconsistências’
O juiz Paulo Sérgio Barbosa de Oliveira, do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, atendeu parcialmente a um pedido da coligação de esquerda do candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT) contra o Instituto Datafolha.
Em decisão proferida na noite da terça-feira 23, o juiz proibiu apenas a divulgação de dados sobre o cargo de presidente da República da pesquisa, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 20 mil, em caso de descumprimento. Manteve-se a divulgação de dados para governador e senador.
Na ação movida contra o Datafolha, o PT argumentou que o levantamento está “eivado de inconsistências” e alegou que houve “indução ao erro” nas questões dirigidas aos eleitores, que poderiam levá-los a equívocos.
A legenda sustentou ainda que a pesquisa informou no registro que serão mensuradas as intenções de voto para governador e senador, e que foram incluídas erroneamente perguntas sobre a disputa para a Presidência.
O PT interpelou ainda a “ausência”, no registro da pesquisa, do plano amostral e das ponderações “quanto a gênero, idade, grau de instrução, nível econômico da pessoa entrevistada e área física de realização do trabalho a ser executado”.
“Permitir a divulgação da pesquisa que não expressa a realidade causará prejuízos irreversíveis à lisura eleitoral”, afirmou a legenda.
Jerônimo Rodrigues, que tem dificuldades para deslanchar nas pesquisas de intenção de voto, é candidato ao governo da Bahia, com apoio do governador Rui Costa (PT) e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em nota, o Datafolha falou em “censura”. “O instituto cumpriu todas as regras de registro estabelecidas pelo TSE”, informou a diretora do instituto, Luciana Chong.