‘Arroubos sem risco à democracia’, diz Pacheco sobre caso de empresários

Presidente do Senado afirmou que manifestações que sinalizem retrocessos democráticos devem ser rechaçadas

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), comentou nesta terça-feira, 23, a operação da Polícia Federal (PF) em endereços ligados a empresários que supostamente defenderam ações golpistas em um aplicativo de mensagens.

Pacheco afirmou que não tinha conhecimento sobre detalhes da operação contra empresários, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A alegação é que o grupo compartilhou supostos comentários de teor golpista, falando em algum tipo de ação caso Lula (PT) vença as eleições presidenciais deste ano. A conversa aconteceu em um aplicativo de mensagens.

Mesmo sem conhecimento sobre detalhes da operação, o presidente do Senado ofereceu um comentário conceitual sobre contestações à democracia brasileira.

“Qualquer pessoa, independente de ser empresário, famoso ou não, toda pessoa que prega retrocesso democrático, volta da ditadura, está totalmente equivocada, é uma traição à pátria, e isso tem que ser rechaçado e repudiado com veemência pelas instituições”, comentou o senador mineiro.

“Por outro lado, a nossa democracia está tão assimilada pela sociedade e pelas instituições, que esses arroubos não geram um risco concreto à nossa democracia. São declarações infelizes que devem ser rechaçadas.”

Sobre a operação da PF

Segundo informações da Polícia Federal, 35 oficiais participaram da ação nesta terça-feira, que ocorre no âmbito de inquérito em tramitação no Supremo Tribunal Federal.

Entre os alvos da operação desta terça-feira estão Luciano Hang (lojas Havan), José Isaac Peres (rede de shopping Multiplan), Ivan Wrobel (Construtora W3), José Koury (Barra World Shopping), Luiz André Tissot (Grupo Serra), Meyer Joseph Nirgri (Tecnisa), Marco Aurélio Raimundo (Mormai) e Afrânio Barreira Filho (Grupo Coco Bambu).

Além das buscas nos endereços ligados aos empresários, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a Polícia Federal a ouvir os investigados. O ministro do STF também determinou bloqueio das contas bancárias dos envolvidos, bloqueio de contas nas redes sociais e quebra de sigilo bancário.

COMPARTILHAR