Bolsonaro ironiza entrevista ao JN: “Pronunciamento do Bonner”

Presidente comentou entrevista concedida ao jornalístico da TV Globo

Após conceder entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite desta segunda-feira (22), o presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou a postura do âncora William Bonner durante a conversa. Em uma postagem no Twitter, o chefe do Executivo afirmou que foi “uma enorme satisfação participar do pronunciamento” do jornalista.

“Foi uma enorme satisfação participar do pronunciamento de William Bonner Kkkkk. Na medida do possível, com muita humildade, pudemos esclarecer e levar algumas informações que raramente são noticiadas em sua emissora. Pela paciência e audiência, o meu muito obrigado a todos!”, escreveu.

Bolsonaro inaugurou a série de entrevistas do Jornal Nacional, que receberá os principais candidatos à Presidência ao longo da semana, marcada ainda pelo início da propaganda eleitoral no rádio e na TV, na sexta-feira (26). Já no domingo (28), os eleitores poderão acompanhar na TV Bandeirantes o primeiro debate entre os principais concorrentes ao Palácio do Planalto.

A ENTREVISTA

O presidente Jair Bolsonaro manteve na entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, o questionamento às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro. Logo no começo da entrevista, ele pediu “transparência nas eleições” e indagou: “Se você pode colocar uma tranca a mais na sua casa para evitar que ela seja assaltada, você vai fazer ou não?”.

Bolsonaro também foi questionado sobre medidas de isolamento social adotadas por diversos países do mundo e que foram criticadas por ele e por integrantes do governo federal. O presidente negou que tenha havido erros ou omissões do governo. Bolsonaro aproveitou as perguntas sobre a pandemia de Covid-19 para criticar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

“Aquela CPI do circo feita por Omar Aziz e Randolfe Rodrigues não quiseram investigar o desvio de recursos enviados para governadores do Nordeste. Lamento as mortes. Não poderia ser tratado como começou a ser tratado. No protocolo do Mandetta, tinha o tratamento precoce, mas só em casos graves. Eu discordei dele”, disse.

Os entrevistadores também abordaram o aumento da inflação e desvalorização do real em comparação ao dólar. Bonner questionou quais serão os planos de Bolsonaro para cumprir promessas para recuperar a economia em um eventual novo governo.

“Os planos foram frustrados na economia por uma seca enorme que tivemos no ano passado e pelo conflito da Ucrânia com a Rússia. Você vê o Brasil como o único país do mundo com deflação. Se fosse apenas o Brasil com esse problema, eu seria o responsável. A grande vacina foram as reformas, a reforma da Previdência, modernização das normas regulamentadoras”, destacou.

Em outro momento, ao ser questionado sobre meio ambiente, o presidente negou que o Brasil é um país destruidor de florestas e disse que há abusos do Ibama ao destruir equipamentos apreendido pelo órgão por derrubar árvores ilegalmente na Amazônia.

“Quando se fala em Amazônia, por que não se fala na França, que há mais de 30 dias está pegando fogo. Assim como Espanha e Portugal. Califórnia pega fogo todo ano. Brasil, infelizmente, não é diferente. Grande parte disso aí é criminoso, eu sei disso”, indagou.

Com informações AE

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