O candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, comentou sobre a possível associação de membros do partido com o crime organizado, sobretudo o Primeiro Comando da Capital (PCC).
“O crime organizado se infiltra em todas as fileiras. Em grandes associações, você sempre vai ter que vigiar”, declarou durante sabatina em São Paulo promovida pelo Estadão, nesta sexta-feira (19).
Haddad citou que outros partidos também têm casos parecidos.
“Você teve aqui o Paulo Preto […] um dos maiores ladrões da história de São Paulo, foi pego com R$ 100 milhões em conta no exterior”, disse, ao lembrar de Paulo Vieira de Souza, do ex-diretor da Dersa em governos tucanos.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o ex-diretor guardou cerca de R$ 100 milhões em dinheiro vivo, ao longo de dois anos, em dois endereços de São Paulo.
PT e PCC
Em junho, a Polícia Civil de São Paulo deflagrou operação para investigar o envolvimento do vereador Senival Moura (PT) em um crime de homicídio, além de supostas ligações com o PCC na gestão de uma empresa de ônibus da capital paulista. Buscas foram autorizadas pela Justiça em oito endereços ligados ao vereador e a outros suspeitos; duas prisões temporárias foram decretadas. O vereador nega as acusações e disse ter sido “surpreendido” pela operação policial na casa dele.
Haddad ponderou ser necessário se respeitar “todos os procedimentos”, “porque todos mundo tem o direito de defesa, que nem sempre é respeitado” mas ” tem gente merece ser averiguada, e pode ser afastada, como já aconteceu no PT e em vários partidos”.