Presidente fez publicação breve no Twitter onde disse ser a favor da democracia
O presidente Jair Bolsonaro (PL) ironizou, nesta quinta-feira (28), a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito”, manifesto organizado por juristas e que recebeu o apoio de banqueiros e opositores do chefe do Executivo.
No Twitter, o líder fez uma breve publicação daquela que seria a sua versão da “carta de manifesto em favor da democracia”.
“Carta de manifesto em favor da democracia. “Por meio desta, manifesto que sou a favor da democracia”. Assinado: Jair Messias Bolsonaro, Presidente da República Federativa do Brasil’, escreveu.
Minutos depois, Bolsonaro ainda questionou se posturas como “defender menos transparência nas eleições, financiar ditaduras comunistas na América Latina, manter diálogos cabulosos com o narcotráfico e tentar controlar a mídia” fariam dele um “democrata”.
“Se eu defender menos transparência nas eleições, financiar ditaduras comunistas na América Latina, manter diálogos cabulosos com o narcotráfico e tentar controlar a mídia, serei chamado de democrata? Ou na verdade isso não depende do que se diz, mas de que lado você está?”, indagou.
O manifesto ironizado por Bolsonaro será lançado em um evento na USP no dia 11 de agosto.
Entre os signatários estão banqueiros como Roberto Setúbal, ex-presidente do Banco Itaú; Natália Dias, CEO da Standard Bank; Pedro Moreira Salles, presidente do conselho de administração do Itaú Unibanco; e Tarcila Ursini, conselheira de administração da EB Capital.
Na carta pública, que foi redigida por um grupo de juízes, procuradores e advogados, é feita uma convocação “às brasileiras e aos brasileiros a ficarem alertas na defesa da democracia e do respeito ao resultado das eleições”.
O documento também recebeu o apoio de ex-ministros do Supremo Tribunal Federal como Celso de Mello, Carlos Ayres Britto, Cesar Peluso e Eros Grau.