Depois de seis anos de observação, o primeiro buraco negro “adormecido” foi encontrado fora da Via Láctea. As informações constam em estudo publicado na revista científica Nature Astronomy. Trata-se de um fenômeno de massa estelar nove vezes maior que o Sol, orbitando na Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã próxima da nossa.
“Buracos negros adormecidos são raros”, escreveu Dr. Pablo Marchant, coautor do estudo, no documento.
De acordo com os cientistas, a descoberta foi como encontrar “uma agulha no palheiro”, uma vez que os buracos negros que “dormem” são difíceis de detectar, visto que não interagem com o ambiente.
Divulgado na segunda-feira 18, o fenômeno foi observado com o telescópio Very Large, que pertence ao Observatório Europeu Austral, na Alemanha. A equipe de pesquisadores responsável pela descoberta é nomeada “polícia dos buracos negros”, que pesquisou quase mil estrelas da Nebulosa da Tarântula, na constelação de Dorado, antes de localizá-la.
Buraco negro
Os buracos negros são um “cemitério” de estrelas mortas. Eles medem entre cinco e 50 vezes mais que a massa do Sol. Para enxergá-los, os cientistas observam corpos celestes circulando em torno dos buracos, antes de serem engolidos. Um buraco negro é classificado como “adormecida” quando não está mais se alimentando dos objetos ao redor, e não emite luz ou radiação.