Juíza tentou proibir o uso do símbolo nacional durante as eleições
A rede de lojas Havan vendeu 10 mil bandeiras do Brasil no último fim de semana. De acordo com a empresa, os exemplares estão sendo oferecidos a preço de custo.
“O estoque de bandeiras foi praticamente esgotado em todas as 172 megalojas”, informou o grupo, em nota. “Em apenas um fim de semana, foram vendidas quase 10 mil bandeiras a preço de custo, por R$ 19,99.”
A iniciativa teve início depois de Ana Lúcia Todeschini, titular do cartório eleitoral de Santo Antônio das Missões e Garruchos (RS), tentar proibir o uso da bandeira do Brasil durante as eleições de 2022. Ela disse que o símbolo nacional se tornou a marca de “um lado da política”.
Mais bandeiras do Brasil
Luciano Hang, dono da Havan, disse que está reforçando o estoque. “Já refizemos o pedido com urgência para restabelecermos nossos estoques, e ainda um novo pedido de 100 mil unidades foi feito para os próximos meses”, declarou.
“Ficamos muito felizes com a repercussão”, comemorou. “Queremos reacender esse espírito patriota. Nosso negócio não é ganhar dinheiro, mas sim colocar nas mãos dos brasileiros um símbolo que é de todos.”
TRE gaúcho libera o uso da bandeira
A fala da juíza ocorreu em 8 de julho. Dias depois, em 15 de julho, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) liberou o uso da bandeira. A Corte estabeleceu que o uso do símbolo não configura manifestação governamental, ideológica ou partidária.
“O uso dos símbolos nacionais não tem coloração governamental, ideológica ou partidária, sem prejuízo de que eventuais desrespeitos à legislação sejam objeto de análise e manifestação futuras da Justiça eleitoral″, sustentou Francisco José Moesch, presidente do TRE-RS. Ele seguiu o parecer da relatora do caso.