Polícia Federal destacou “acirramento das relações entre correligionários dos principais candidatos” para tomar decisão
Diante do que considera um “acirramento das relações entre correligionários dos principais candidatos” à Presidência da República, a Polícia Federal (PF) decidiu acionar as forças de segurança estaduais para reforçar a proteção dos presidenciáveis no pleito deste ano. A informação foi publicada pelo jornal Folha de São Paulo.
A direção da PF orientou que as 27 superintendências regionais da corporação façam contato com as pastas de segurança dos estados para mobilizar esforços na proteção dos concorrentes ao Planalto. A Polícia Federal é a responsável pela proteção dos candidatos, com exceção do presidente Jair Bolsonaro, que fica sob os cuidados do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
De acordo com a Folha, a recomendação da cúpula da PF partiu do diretor-executivo da corporação, Sandro Avelar, número dois na hierarquia do órgão. Em um ofício enviado para as superintendências regionais, a direção da Polícia Federal ressalta que o “cenário atual evidencia a necessidade de somarmos esforços”.
Além disso, a corporação diz que espera contar com a ajuda dos serviços de inteligência das instituições estaduais, a força preventiva e ostensiva das Polícias Militares, o emprego de batedores, a disponibilidade dos Corpos de Bombeiros, e o apoio de órgãos de trânsito. Um dos objetivos do envio do documento é centralizar a comunicação rotineira com cada unidade da federação.
Diante do quadro de tensão eleitoral, a PF reforçou o processo de segurança dos presidenciáveis desde o início do ano. Para 2022, entre 300 e 400 policiais federais vão participar da operação de proteção dos candidatos. O reforço prevê uma série de medidas, como a determinação de que candidatos avisem sobre suas agendas com 48 horas de antecedência.
A PF diz que já investiu cerca de R$ 32 milhões no esquema de proteção a candidatos. Entre as aquisições estão a compra de 71 veículos SUV blindados, coletes e pastas balísticas —que são usados hoje apenas pelo GSI (Gabinete de Segurança Institucional)—, uniformes e kits de pronto-socorro.