Plataforma questiona decisão do bilionário e pede que ele seja obrigado a adquirir a empresa
O Twitter processou o bilionário Elon Musk, nesta terça-feira (12), sob a acusação de que ele violou o acordo de compra da rede social. Na ação, aberta em um tribunal do estado de Delaware, nos Estados Unidos, a plataforma pede ao Judiciário que Musk seja obrigado a concretizar o negócio.
“Tendo montado um espetáculo público para colocar o Twitter em cena, e assinado um acordo de fusão favorável ao vendedor, Musk aparentemente acredita que ele – ao contrário das outras partes sujeitas à lei contratual de Delaware – é livre para mudar de ideia, zombar da empresa, prejudicar suas operações, destruir o valor dos acionistas e ir embora”, diz o processo.
A decisão de Elon Musk de rescindir o acordo para a aquisição da rede social consta em um documento protocolado junto à Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM americana) publicado na última sexta (8). A proposta era de 44 bilhões de dólares (R$ 236 bilhões).
Representando Musk, em carta, o escritório de advocacia Skadden afirmou que o Twitter parecia “ter feito declarações falsas e enganosas nas quais o sr. Musk se baseou ao celebrar” o contrato então negociado. Segundo eles, a empresa que comanda a rede social não cumpriu suas obrigações contratuais, ao “falhar e se recusar” a dar informações necessárias para a transação.
“Às vezes, o Twitter ignorou os pedidos do sr. Musk, às vezes os rejeitou por motivos que parecem injustificados e às vezes alegou cumprir ao fornecer ao sr. Musk informações incompletas ou inutilizáveis”, diz o documento.
Entre as informações questionadas estariam dados sobre o processo do Twitter para identificar e suspender contas falsas e spam. O bilionário já vinha questionando a plataforma sobre a quantidade de perfis falsos. De acordo com a rede, os perfis fake representariam menos de 5% da base de usuários, enquanto Musk afirmou que sua análise teria encontrado um número maior.