Presidente disse que “o inimigo não é externo”, mas está na “Praça dos 3 Poderes”
Em conversa com apoiadores nesta segunda-feira (11), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, “já se intitulou o ditador do Brasil” e não tem “compromisso com a democracia”.
Na ocasião, ele apontava uma falta de espaço à participação das Forças Armadas na Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), do TSE.
“Ontem, Fachin falou que não tem mais conversa com as Forças Armadas. Eu acho que ele já se intitulou o ditador do Brasil. Estou achando há muito tempo. Quem age dessa maneira não tem qualquer compromisso com a democracia”, declarou o chefe do Executivo.
Bolsonaro ainda disse que a “liberdade está sendo açoitada por quem deveria defender a Constituição” e declarou não haver “nenhum poder mais forte do que outro”.
“Determinei que Forças Armadas junto com o seu comando de defesa cibernética fizessem o trabalho que tinha que ser feito dentro do TSE. E nós fizemos e apresentamos sugestões. Agora, o TSE na pessoa do Fachin, era na pessoa do Barroso, não aceita que nosso pessoal técnico converse com o pessoal técnico deles”, queixou-se.
O presidente também negou estar atacando o sistema eleitoral ou planejando um golpe, dizendo querer, contudo, “eleições limpas” e transparentes.
“Agora, é um momento difícil porque o inimigo não é externo, é dentro do Brasil, está aqui nessa região da Praça dos 3 Poderes”, assinalou.