‘O STF passou dos limites faz tempo’, diz Deltan Dallagnol

‘O Supremo tem aplicado a máxima: ‘não punir, não deixar punir e punir quem pune’, afirmou

Deltan Dallagnol (Podemos-PR), ex-procurador que atuou na força-tarefa da Operação Lava Jato, declarou que o Supremo Tribunal Federal (STF) tem atuado “fora dos limites”. A fala ocorreu durante entrevista ao programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, na segunda-feira 4.

“O STF, não a Justiça, já passou dos limites faz tempo”, disse Deltan Dallagnol. Ele citou como exemplo a condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). De acordo com o ex-procurador, a fala do parlamentar “foi horrível, mas o que o Supremo fez nesse caso ultrapassou todas as barreiras”.

Na entrevista, Dallagnol comentou ainda a decisão do Supremo que paralisou as investigações da Receita Federal contra ministros da Corte. “O STF, numa canetada, mandou parar as investigações que estavam sendo feitas regularmente”.

“O Supremo não tem poder para isso”, afirmou. “Se um ministro não quer ser fiscalizado ou investigado, ele tem que entrar com uma ação na primeira instância, no juiz concursado, apresentar provas e pedir para parar”.

Segundo Deltan Dallagnol, “a Receita provou que a investigação era regular e devida”, e ainda assim o STF as paralisou. “O Supremo tem aplicado a máxima: ‘não punir, não deixar punir e punir quem pune’”, concluiu.

Deltan Dallagnol, pré-candidato a deputado

Na entrevista, o ex-procurador tornou a dizer que é pré-candidato a uma vaga como deputado federal pelo Paraná. Ele afirmou que é conservador, com uma “cosmovisão cristã” e declarou voto, no segundo turno, em Jair Bolsonaro, atual presidente da República.

“O pior que pode acontecer ao Brasil é permitir que Lula e o PT voltem à cena do crime, voltem a comandar os grandes esquemas de corrupção e aquela organização criminosa que tomou conta do país dentro do governo do PT”, disse. “Eu vi os grandes esquemas de corrupção. Eles causaram sofrimento humano. Esse dinheiro é o dinheiro que mais falta e que mais precisa na saúde, na educação e na segurança”.

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