Ação da varejista brasileira foi a maior queda da B3 no primeiro semestre, com retração de 67,5% desde janeiro
Passa o semestre e a pergunta para quem consome e se interessa pelo mercado financeiro costuma ser a mesma: qual é a ação que mais se desvalorizou nos seis meses anteriores? Em 2022, a Magazine Luiza foi o papel que mais caiu na bolsa brasileira.
A empresa, comandada pela família Trajano, lidera uma tendência de amplo pessimismo com o setor de varejo. A ação do Magalu caiu 67,5% desde janeiro.
Foram seis meses sangrando na B3 e diminuindo o valor de mercado. Não que as outras nacionais estejam bem. As concorrentes Via — dona das Casas Bahia — e Americanas caíram 62% e 57%, respectivamente, no mesmo período.
O cenário sofre impacto, em grande parte, do ciclo de alta de juros no mundo e da inflação acima de dois dígitos. Para piorar, há uma forte concorrência de empresas estrangeiras, como a norte-americana Amazon e a asiática Shopee.
Palpite do maior
Luiz Barsi, o maior investidor individual da bolsa brasileira, afirmou recentemente, durante entrevista para o podcast Irmãos Dias que não gosta de ações de varejistas, como Magazine Luiza. “As empresas de varejo, pelo menos umas 40, quebraram, e as próximas quebrarão. Magazine Luiza um dia vai quebrar”, afirma Barsi.
“Não sei quando, mais vai quebrar. Eu não sou profeta, estou falando em termos de histórico. Veja, quebraram a Casa Centro, o Mappin, a Ultralar. Máquina de Vendas e Via também estão penduradas.”