Ex-presidente da Bolívia agradece, mas rejeita convite de Bolsonaro

Presidente do Brasil ofereceu asilo a Jeanine Áñez

Nas redes sociais, a ex-presidente da Bolívia, Jeanine Áñez, agradeceu à oferta feita pelo presidente Jair Bolsonaro de oferecer asilo no Brasil, mas recusou o convite. O comunicado foi divulgado pela família de Áñez.

Ela foi condenada a dez anos de prisão por violação de deveres e resoluções contrárias à Constituição quando assumiu o poder na Bolívia, em 2019. O episódio ocorreu após a renúncia de Evo Morales.

“Jeanine Áñez agradece a Jair Bolsonaro, a quem não conhece pessoalmente, por seu repúdio aos abusos cometidos contra a ex-presidente da Bolívia. Ela é inocente e não saiu, nem vai sair do país”, disse a ex-presidente da Bolívia no Twitter.

A oferta havia sido feita por Bolsonaro em entrevista ao programa 4 por 4, no YouTube. Na ocasião, o presidente brasileiro declarou que estava avaliando a situação de Áñez e a possibilidade de oferecer asilo à boliviana. Ele considerou a prisão dela uma “injustiça”.

“(Ela) cumpriu um ano de cadeia, tentou duas vezes o suicídio, tive uma vez com ela apenas, achei uma pessoa bastante simpática, uma mulher, acima de tudo. E, há coisa de um mês, ela e o seu ministro da Defesa e o chefe de polícia foram condenados, todos, há dez anos de cadeia. Eu sei que a Jeanine está presa, vi umas imagens terríveis, uma mulher sendo arrastada pra dentro do presídio, sendo acusada de atos antidemocráticos (…). O que for possível eu farei para que ela venha para o Brasil, caso assim o governo da Bolívia concorde. Estamos prontos para receber o asilo dela, como desses outros dois que foram condenados há dez anos de cadeia”, assinalou.

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