Líder do PL na Câmara conseguiu 65 assinaturas — das 171 necessárias — para propor investigação
Na contramão do que defende o governo federal, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira, 21, ser contra a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a gestão da Petrobras, depois de um novo aumento no preço dos combustíveis.
A base aliada do governo colhe assinaturas na Câmara dos Deputados para apresentar o pedido de abertura da comissão. A medida contra a estatal tem apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e de Arthur Lira (PP-AL), que comanda a Câmara.
Para Rodrigo Pacheco, no entanto, há outros caminhos para solucionar os problemas dos combustíveis. “Não tem a mínima razoabilidade de uma CPI em um momento desse, por um fato desses. Acho que há outras medidas muito mais úteis para resolver o problema que uma CPI”, disse Pacheco.
O presidente do Senado voltou a defender o uso de dividendos da Petrobras à União para abastecer uma conta de estabilização dos preços de combustíveis.
“Parece mais lógico que o excedente dos dividendos da União possa ser revertido para a sociedade através de especificidades para caminhoneiros, taxistas, gás de cozinha, beneficiários do Auxílio Brasil”, afirmou. “Então me parece algo muito lógico reverter esses excedentes para uma conta de estabilização dos combustíveis.”
Assinaturas para propor CPI
O líder do PL na Câmara, deputado Altineu Cortês (RJ), conseguiu 65 assinaturas até o momento para propor a investigação contra a Petrobras. Pelo regimento interno da Casa, são necessárias 171 assinaturas dos 513 parlamentares. A decisão sobre proposta de CPI foi sacramentada em reunião nesta segunda-feira, 20, na residência oficial do presidente da Câmara dos Deputados.