Jair Bolsonaro critica possível reajuste da Petrobras: “Maldade”

Para o presidente, reajuste dos combustíveis agora teria “interesse político para atingir o governo federal”

Nesta quinta-feira (16), em sua tradicional live pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro criticou um possível reajuste de preços por parte da Petrobras. Para ele, a medida é uma “maldade” e tem “interesse político da Petrobras para atingir o governo federal”.

O conselho de administração da empresa de reuniu na tarde desta quinta. De acordo com o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, os conselheiros autorizaram a empresa a anunciar um reajuste nos combustíveis nesta sexta-feira (17). De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicaom), na comparação com os preços internacionais, a defasagem do diesel chega a 18% e a da gasolina chega a 14%.

O último reajuste promovido pela Petrobras ocorreu em 9 de maio. Na ocasião, apenas o diesel sofreu o aumento, que subiu 8,9% nas refinarias. Já a gasolina foi reajustada em março, pouco depois do início da Guerra na Ucrânia. Na época, o preço subiu 18,7%.

“A gente espera que a Petrobras não faça essa maldade com o povo brasileiro (…) A Petrobras está rachando de ganhar dinheiro. O diesel está lá em cima em função de impostos e também do preço cobrado pela Petrobras. Quanto mais o povo está sofrendo, mais felizes estão os diretores e o presidente da Petrobras (…) Não precisa, quando aumenta o petróleo lá fora, não precisa imediatamente reajustar os preços. Tem um prazo de vários meses para reajustar”, apontou.

Bolsonaro também criticou os diretores e o presidente da empresa no reajuste de combustíveis.

“Há um interesse enorme dos minoritários. Há um interesse enorme que não consigo explicar, porque o presidente da Petrobras e os diretos tem essa sanha de aumentar o preço dos combustíveis (…) A Petrobras tem dado sinalização que vai reajuste o preço dos combustíveis. Só espero que não aconteça”, ressaltou.

Ele então falou sobre o projeto de lei que estabelece um teto para ICMS e disse esperar que a aumento não ocorra antes dos últimos acertos sobrea a medida.

“Eu só posso entender que um reajuste da Petrobras agora seria um interesse político para atingir o governo federal. Espero que a Petrobras não ajuste os combustíveis, porque acertamos a questão da redução dos preços”, destacou.

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