Recentemente, os profissionais de saúde de estados e municípios brasileiros passaram a lidar com uma nova rotina diante do surgimento de casos suspeitos de varíola do macaco, doença que pode ser confundida com algumas outras que têm entre o sintoma mais comum as lesões na pele.
Até uma semana atrás, o Brasil não havia registrado uma caso sequer de varíola do macaco. Agora, já são cinco confirmações.
A varíola do macaco, que é endêmica (ocorre com frequência) na África, passou a ser uma procupação global, com cerca de 2.000 casos já registrados em aproximadamente 40 países, o primeiro no dia 7 de maio.
Para o infectologista Filipe Piastrelli, do corpo clínico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, são duas as causas que explicam a falta de celeridade nos diagnósticos: o surto da varíola do macaco é novidade aqui e no mundo e o número de doenças que precisam ser descartadas até que o caso se torne suspeito.
Entre as doenças sugeridas como diagnóstico diferencial pela medicina e pela OMS (Organização Mundial de Saúde) estão: catapora (varicela), herpes simples e herpes-zoster e a doença do molusco contagioso.
Outras doenças que também causam erupções cutâneas podem gerar a dúvida incluem sífilis, alergias e até, eventualmente, sarampo.