‘De novo?’ – Moraes prorroga inquérito que apura fala de Bolsonaro em live

Investigação é sobre comentários do presidente acerca de uma reportagem a respeito da relação entre as vacinas da Covid e o HIV

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 60 dias a duração de um inquérito que investiga declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre vacinas contra a Covid-19. O despacho foi assinado na última quinta-feira (9) e divulgado nesta segunda (13).

A investigação foi aberta em dezembro de 2021 e já tinha sido prorrogada em abril deste ano. A nova decisão atende a um pedido da Polícia Federal, que pediu mais tempo para apuração dos fatos. O inquérito foi aberto após Bolsonaro citar, em uma live, uma matéria da revista Exame que trazia um questionamento sobre se vacinas contra a Covid-19 poderiam aumentar o risco de HIV.

“Relatórios oficiais do governo do Reino Unido sugerem que os totalmente vacinados – quem são os totalmente vacinados? Aqueles que depois da segunda dose, né, 15 dias depois, 15 dias após a segunda dose, totalmente vacinados – estão desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido do que o previsto, recomendo ler a matéria”, disse o líder na ocasião.

A transmissão ao vivo, feita nas redes sociais de Bolsonaro em outubro, acabou sendo excluída por plataformas como o YouTube, Facebook e Instagram. Após ter o conteúdo banido das redes, Bolsonaro comentou as exclusões e questionou se “falar qualquer coisa de vacina” tinha passado “a ser crime.”

“Eu mostrei uma matéria da revista Exame. Eu não inventei (…). Olha, não fui eu que falei aquilo. Não fui eu. Agora, falar qualquer coisa de vacina passou a ser crime. Te derruba página, te bloqueia. Você não pode desconfiar da vacina e nem da urna eletrônica, não pode falar nada. Eu sou uma pessoa que tem a liberdade acima de tudo”, disse ele, no fim de outubro.

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