Israel testa canhão a laser que pode destruir mísseis

Arma de defesa age em questão de segundos e pode atingir ameaças aéreas em até 10 quilômetros de distância

Depois de duas décadas de pesquisa e testes, Israel informou que já conta com um protótipo de um canhão a laser capaz de responder a ataques pelo ar, como ofensiva por mísseis. O novo artefato também pretende atuar como defesa contra morteiros e drones.

Segundo o governo israelense, o sistema foi considerado bem-sucedido em testes recentes no deserto do sul de Israel. Na sessão, o canhão a laser conseguiu destruir um foguete, um morteiro e um drone, inspirando aplausos entusiasmados das autoridades que acompanharam por vídeo.

O governo investiu milhões de dólares na tecnologia, chamada de ‘Iron Beam’ (viga de ferro), que o primeiro-ministro Naftali Bennett descreveu nesta semana como uma “virada estratégica” na defesa do país. O governante prometeu “cercar Israel com uma parede de laser”.

No entanto, o sistema ainda está distante de uma implementação total, que pode demorar alguns anos. Mesmo assim, Israel espera começar em breve a usar os canhões a laser de forma limitada, especificamente para defesa contra mísseis e foguetes mais pesados.

O general Yaniv Rotem, chefe da equipe de Pesquisa e Desenvolvimento do Ministério da Defesa, disse que durante os testes realizados em março as ameaças recebidas foram interceptadas em questão de segundos depois da detecção. O aparato pode atuar em distâncias de até 10 quilômetros.

Em abril, o primeiro-ministro compartilhou um vídeo do teste, comemorando o êxito da arma. “Israel testou com sucesso o novo sistema de interceptação a laser ‘Iron Beam’. Pode parecer ficção científica, mas é real.”

O governo não especificou se a arma de defesa vai poder ser usada contra mísseis guiados de precisão que Israel acredita que o grupo político e paramilitar Hezbollah vem desenvolvendo no Líbano.

As Forças Armadas dos Estados Unidos também vêm trabalhando no desenvolvimento de uma arma semelhante, capaz de atuar na defesa contra mísseis. Já existe um projeto em andamento sendo testado em navios da Marinha norte-americana.

Fonte: Revista Oeste

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