Mãe descobriu abuso sexual de professora quando filha chupou seu dedo: “Gostaria que fosse mentira”

O caso está sob investigação, e pelo menos duas crianças teriam relatado dores nas partes íntimas

A delegada do caso informou que são duas denúncias de maus-tratos e três de estupro de vulnerável, suspeita negou os crimes em depoimento.

Os casos de estupros de vulneráveis e maus-tratos em uma escola particular de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, chocaram a população, mas ainda estão sendo apurados pela polícia. Os pais que registraram boletins de ocorrência contra a docente, relatam receio dos traumas que os filhos podem ter.

Segundo informações de jornais locais, uma das mães, uma empresária de 42 anos, desconfiou que a filha poderia ser vítima de abuso sexual em março deste ano, quando a menina de apenas três anos chupou seu dedo de uma maneira sexualizada. De acordo com a mulher, o primeiro pensamento foi de que o pai ou outro homem tivesse ensinado esse gesto a ela, e a desconfiança acabou partindo do fato que é divorciada.

Imediatamente, de acordo com relato da mãe, a menina teria explicado que a professora a ensinou a fazer aquilo, e que na hora do intervalo pedia para ela chupar seu dedo e, em seguida, fazia o mesmo no dedo da criança. Assustada com o que estava ouvindo, ela perguntou o que mais acontecia, a filha ainda disse ela teria “enfiado o dedo lá dentro”.

A mãe disse que alguns dias antes, a filha tinha relatado que estava sentindo dores nas partes íntimas, o que acendeu um alerta ainda maior. Logo depois do ocorrido, ela buscou o apoio de uma psicóloga para acompanhar a menina, mas alguns dias depois o episódio de chupar o dedo voltou a acontecer, deixando a empresária mais nervosa.

Ela imediatamente entrou em contato com uma amiga, que também tem uma filha que estuda na mesma instituição escolar, que relatou estar passando por situações similares com a filha, com o adicional de que ela não queria mais acompanhar as aulas. Logo em seguida, ela marcou uma reunião com a escola, que em nenhum momento mostrou apoiar seus relatos, mas sim defender a profissional suspeita.

De acordo com a empresária, a responsável insistia em repetir que a professora tinha família, dando a entender que, caso as denúncias fossem para frente, mais pessoas seriam prejudicadas. A mãe ainda informou que gostaria que os relatos fossem realmente mentira, mas como não são, vai seguir em frente tomando as medidas cabíveis.

Caso

O primeiro registro sobre abusos sexuais foi registrado no dia 9 de maio, posteriormente, outros pais também começaram a fazer boletins de ocorrência contra a mesma profissional. O caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA).

As últimas informações são de que, em depoimento, a suspeita, de 30 anos, negou todas as denúncias de abuso sexual e maus-tratos, mas cinco crianças contradizem a profissional. Na semana passada, mandatos de busca e apreensão na casa da professora foram cumpridos, e três celulares (sendo dois dela e um do marido) foram apreendidos.

A polícia ainda informou que a perícia ainda vai verificar o computador, pen drive e CDs encontrados na casa, para ver se existe algum tipo de material de cunho sexual envolvendo menores de idade. Além disso, as imagens das câmeras de segurança que filmam as portas do banheiro serão periciadas, assim como os profissionais serão ouvidos.

As denúncias apontam que os abusos teriam começado em 2021, e que os pais de um menino já teriam ido até à escola relatar o caso, mas que teriam sido chamados de loucos. Apenas quando a polícia foi acionada que a instituição optou por afastar a profissional, mesmo com vários relatos incômodos dos pais, e de imagens nas câmeras apontando para sucessivas idas ao banheiro com os alunos em questão.

A diretora da escola negou que a profissional levava as crianças na escola, e nas redes sociais a instituição convocou os pais para fazerem vários relatos mostrando apoio a eles, como forma de rebater a quantidade de críticas que têm recebido.

Fonte: O Segredo

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