Padre processado por Lula peita o petista e afirma não dever explicações ao ex-presidente

A defesa do padre Edison Geraldo Bovo, líder religioso que está respondendo na Justiça a uma ação aberta pelo ex-presidiário Lula (PT) no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), afirmou à Justiça que não deve explicações ao petista. O processo foi aberto após o sacerdote chamar o político de “maior ladrão do mundo”.

Em sua resposta, os advogados do religioso argumetam que “quem deve prestar contas à população são [ex-] integrantes do funcionalismo público, tal como o requerente (Lula)” e que não é o cidadão comum quem deve prestar contas sobre o que pensa. Em outro trecho, os representantes de Edison lembram que Lula não foi absolvido, mas que teve ações arquivadas em razão da prescrição das penas.

“Forçoso é reconhecer que em verdade, muito embora não se possa falar em condenação criminal vigente contra o senhor ex-presidente da República não é possível reconhecê-lo como “absolvido” quando, em verdade, notícias dão conta da perda do direito do Estado de punir por força do advento da prescrição”, argumenta a defesa.

Ademais, os advogados ainda salientam as virtudes do religioso e apontam que ele busca auxiliar a população de Laranjal Paulista e região, onde atua. Segundo o documento protocolado na Justiça, o padre é dos responsáveis por uma entidade que ajuda no tratamento e recuperação de alcoólatras e viciados químicos, trabalho que vem sendo prejudicado por consequência da medida judicial.

“A atuação à frente dessa associação beneficente demanda grande energia e sacrifício do padre Edison e de muitos outros colaboradores, os quais tiveram seu foco naturalmente prejudicado pela insegurança [e injustiça] causada pela interpelação judicial da qual ora se trata”, declarou.

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