“Volta do voto impresso não interessa a ninguém”, diz Fachin

Durante palestra na sede do TSE, ministro afirmou que o Brasil não aceita mais “aventuras autoritárias”

Nesta terça-feira (17), o ministro Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que a volta do voto impresso nas eleições não é do interesse de “ninguém”. Ele apontou ainda que o Brasil não aceita mais “aventuras autoritárias”.

As declarações foram dadas durante a palestra Democracia e Eleições na América Latina e os Desafios das autoridades eleitorais, realizada na sede do TSE.

O ministro abordou o tema ao falar sobre a contagem de votos impressos em outros países, citando como exemplo Equador, Peru e Estados Unidos. Ele apontou “conturbações” e “discórdias” na apuração das eleições nesses países.

“Vários dias, por vezes semanas, se passavam sem que pudesse ser divulgado o resultado definitivo, encorajando pedidos de recontagem e recursos judiciais de todos os lados, quando não o conflito puro e aberto. A ninguém interessa reprisar essa realidade no nosso país, cuja experiência de 25 anos com a urna eletrônica permitiu a superação dessas inquietudes”, destacou.

Fachin disse ainda que, na questão eleitoral, o Brasil é uma “vitrine para os analistas internacionais”.

“O mundo observa, com atenção, o processo eleitoral brasileiro de 2022. Somos, hoje, uma vitrine para os analistas internacionais, e cabe à sociedade brasileira garantir que levaremos aos nossos vizinhos uma mensagem de estabilidade, de paz e segurança, e de que o Brasil não mais aquiesce a aventuras autoritárias”, ressaltou.

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