A Netflix anunciou recentemente uma mudança nas suas diretrizes. Durante a atualização, a gigante do streaming adicionou a seção “expressão artística” que detalha a variedade de conteúdo presente na plataforma.
A atualização funciona como uma mensagem aos funcionários. A Netflix quer deixar claro que eles podem, eventualmente, trabalhar com conteúdos que não concordam e, se não gostarem disso, podem deixar a empresa.
“Deixamos que os espectadores decidam o que é apropriado para eles, em vez de fazer com que a Netflix censure artistas ou vozes específicas”, afirma a empresa em uma parte do documento atualizado. O streaming afirmou que apoia diversidade de conteúdo “mesmo que encontremos alguns títulos contrários aos nossos próprios valores pessoais”.
“Dependendo do seu papel, você pode precisar trabalhar em títulos que considera prejudiciais”, explica. “Se você achar difícil oferecer suporte à nossa amplitude de conteúdo, a Netflix pode não ser o melhor lugar para você.”
Segundo o The Wall Street Journal, um porta-voz da Netflix afirmou que a empresa debateu suas novas diretrizes culturais durante 18 meses e decidiu adicionar a nova linguagem para que possíveis funcionários pudessem entender a posição da empresa e “tomar decisões mais bem informadas sobre se a Netflix é a empresa certa para eles”.
A crise entre a Netflix e seus funcionários pode ter tido como estopim o apoio da empresa ao comediante Dave Chappelle no ano passado após seu especial de stand-up “The Closer”. O programa presente no streaming foi acusado de transfobia.
O caso gerou protestos em frente aos escritórios da Netflix em Los Angeles, nos Estados Unidos. Na época, Ted Sarandos, co-presidente executivo e diretor de conteúdo da Netflix, defendeu o programa de Dave Chappelle em e-mails enviados à equipe.