Grupo liderado pelo vereador petista gritou palavras como ‘racistas’ e ‘fascistas’
O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de Curitiba decidiu nesta terça-feira, 10, pela cassação do mandato do vereador Renato Freitas (PT), que invadiu uma igreja em manifestação contra a morte do congolês Moïse Kabagambe. Durante o ato, o grupo gritou palavras de ordem como “racistas” e “fascistas”.
A sessão do conselho terminou com cinco votos pela cassação, um pela suspensão por seis meses e outro pelo arquivamento. Defesa ainda pode recorrer à comissão, mas parecer deve seguir para votação no plenário da Casa. Para que haja perda de mandata, ao menos 20 dos 38 vereadores precisam ser favoráveis.
Em sua defesa, Freitas tem dito que não invadiu a Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que é um marco da cultura negra na capital paranaense por ter sido erguido por escravos no século 18. Ele afirma que apenas entrou no templo, de forma pacífica, quando a missa já estava perto do fim.
Durante a sessão desta terça-feira, o advogado do vereador, Guilherme Gonçalves, voltou a falar que o processo deixou de ser jurídico e se tornou perseguição política. Ele tem afirmado que o vereador não invadiu a igreja e não desrespeitou o catolicismo.
Na época, a Arquidiocese de Curitiba registrou Boletim de Ocorrência contra Renato Freitas. Segundo a Polícia Civil, o caso permanece sendo investigando. Depois, a arquidiocese se manifestou contra a cassação do vereador. “Sugerimos que se evitem motivações politizadas e, inclusive, não se adote a punição máxima contida no Código de Ética”.