HD externo com dados sigilosos será destruído com marreta e furadeira
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) discorda da destruição de um HD externo que armazena documentos sigilosos da CPI da Covid. Para o vice-presidente da Comissão, a medida é desnecessária, podendo atrapalhar investigações futuras.
“Considero a decisão de aniquilação, de destruição do material, inusitada. Em nosso entender, tem prejuízo futuro para eventual condução das investigações se, mais adiante, o MP requisitar a utilização desse material para algum fim. Particularmente, considero a decisão desnecessária”, disse em entrevista ao UOL.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ordenou a destruição do material colhido pela CPI da Covid atendendo uma determinação do ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF).
A ordem do magistrados refere-se apenas a documentos sigilosos das empresas OPT Incorporadora Imobiliária e Administração de Bens Próprios Ltda e Brasil Paralelo, ouvidas na CPI da Covid. Inclusive, representantes das duas empresas poderão participar do ato.
Por ser uma prática que nunca ocorreu, ao menos na última década no Senado, os servidores precisaram “desenhar um método” para garantir a destruição do material, relatou Cunha Bueno.
A Polícia Federal e a Secretaria de Tecnologia da Informação do Senado (Prodasen) foram consultadas.