Ciro Gomes: “Não vou deixar o Lula ganhar essa na lambança”

Ex-presidenciável afirma intenção de concorrer ao Planalto no próximo ano

O resgate dos direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não alterou a disposição do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) de disputar novamente a Presidência em 2022 e nem mudou seu plano de se tornar a opção de centro capaz de romper com a esperada polarização entre o bolsonarismo e o ‘lulopetismo’.

Em entrevista ao Estadão, Ciro comentou sobre as “estratégias” para impedir que Bolsonaro seja reeleito – no entanto, ele foi enfático ao dizer que não irá se unir com Lula.

– A primeira [obrigação] é derrotar Bolsonaro e, neste sentido, todos os democratas – pouco me importa se são de direita, de esquerda, de centro, se são de Marte, de Vênus, de Mercúrio -, todos temos a responsabilidade de criar um ambiente para isso. Segundo, é grande a necessidade estratégica deste momento. Eu não vou deixar o Lula ganhar essa na lambança. É construir o futuro e, infelizmente, neste sentido, a largueza que sonho não é possível pelas nossas diferenças – apontou.

Sempre com declarações polêmicas, Ciro voltou a atacar Jair Bolsonaro com ofensas – pelas quais se tornou alvo, recentemente, de um inquérito da Polícia Federal.

– O primeiro [objetivo] é derrotar o bolsonarismo boçal, corrupto, que está levando o Brasil a uma condição de terra arrasada. O Brasil está vivendo a pior crise da história. Então, essa é uma tarefa em que todo mundo tem que estar junto. Não vou escolher quem está e quem não está. Quem fez isso foi o Lula, lá atrás, quando me avistei com o Fernando Henrique Cardoso e assinamos manifestos pedindo a união do país contra o Bolsonaro e fomos pedir o impeachment. O Lula disse que não era “Maria vai com as outras”. A segunda missão, mais grave, é construir o futuro. E será que construir o futuro é um back to the past (“de volta para o passado”)? Definitivamente não é. O lulopetismo, neste sentido, é parte do problema.

Com informações do Estadão

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