Após “pedido” do Itamaraty, TSE “desconvida” Europa das eleições

Corte negociava o envio de uma missão da União Europeia para observar as eleições brasileiras

Após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negociar um convite para que a União Europeia enviasse observadores para monitorar as eleições no Brasil em outubro, a Corte decidiu recorrer. A medida ocorre após Ministério da Relações Exteriores não demonstrar apoio ao convite.

Em nota, a Corte afirmou que “em conversas preliminares com representantes da União Europeia, o TSE constatou que não estavam presentes todas as condições necessárias para viabilizar uma missão integral de observação eleitoral, que inclui a visita de dezenas de técnicos e trata de diversos temas relacionados ao sistema eleitoral. Nos próximos meses, se for verificada a necessidade e o interesse de ambos os lados, poderá haver uma participação mais reduzida e de caráter técnico de membros da UE no período eleitoral”.

O TSE havia feito o convite em março e convidou a União Europeia para integrar o bloco de observadores das eleições brasileiras. Foram convidados ainda a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Parlamento do Mercosul (Parlasul) e a Rede Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

De acordo com o colunista Jamil Chade, do portal Uol, o convite não agradou o governo brasileiro, o que levou o Itamaraty a se posicionar contra a missão europeia. Em um comunicado feito em abril, o Ministério de Relações Exteriores disse que “no que toca a eventual convite para missão da União Europeia, o Ministério das Relações Exteriores recorda não ser da tradição do Brasil ser avaliado por organização internacional da qual não faz parte”.

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