Na última quarta-feira, 30, a diarista Divina Pereira da Silva, de 56 anos, levou um susto ao descobrir que recebeu R$ 16,18 mil na sua conta bancária via Pix. Quando recebeu a informação inusitada, ela estava trabalhando em uma casa em Goiânia, capital de Goiás. A mais de 800 km, em Presidente Prudente, São Paulo, o mecânico João Gabriel Cenadese, de 25 anos, estava preocupado porque foi o autor da transferência por engano. Ele cita que os R$ 16 mil era de um seguro da avó, que morreu há quatro meses, e a quantia seria utilizada no tratamento do pai, que é cadeirante e tem mal de Parkinson.
Divina conta que, ao ver o dinheiro na conta “Até assustei na hora. Fiquei meio confusa. Passou mil e uma coisas na minha cabeça. Pensei que era algum golpe, que alguém roubou e usou minha conta para passar o dinheiro”, diz. Por outro lado, ao se dar conta do erro instantâneo, João relembra: “No mesmo instante eu vi que estava errado. Fui ao banco e me passaram o telefone da Divina. Ela disse que estava trabalhando e só sairia às 14h30. Ela foi ao banco e devolveu o valor total. Hoje em dia não é muito fácil achar pessoas honestas que devolvem o dinheiro. Só tenho a agradecer”, diz.
Para resolver a situação, Divina revela que disse ao gerente do banco que aquele dinheiro não era dela e fez o procedimento necessário para devolver o valor. Ela defende que é obrigação devolver o dinheiro, independentemente de quem seja e qual seja o objetivo que a pessoa tenha anteriormente para usar aquele valor: “A gente não tem que pensar em ficar com dinheiro que não é da gente. Meu pai me ensinou que tudo que não é da gente, não é da gente. O que é da gente é o que a gente consegue com nosso trabalho”, defendeu a diarista.