Jornalista se manifestou após o sem-teto Givaldo Alves revelar que é eleitor de Bolsonaro
O jornalista Rodrigo Constantino se manifestou, nesta quinta-feira (24), a respeito de declarações dadas pelo morador de rua Givaldo Alves, de Planaltina, Distrito Federal. Em entrevista ao Metrópoles, o sem-teto disse ser eleitor do presidente Jair Bolsonaro e afirmou que votará novamente no chefe do Executivo.
Givaldo ganhou destaque em todo o país após a notícia de que foi espancado, porque teve relações sexuais com a esposa de um personal trainer. Constantino chamou o mendigo de “garanhão” e disse que o morador de rua “tem mais discernimento que 99% dos jornalistas”, visto que vários profissionais da imprensa criticam Bolsonaro.
O mendigo garanhão tem mais discernimento que 99% dos jornalistas – comentou Constantino.
Alves, de 48 anos, foi flagrado mantendo relações sexuais com a esposa do personal trainer Eduardo Alves, de 31 anos. Além de falar sobre a própria trajetória, ele decidiu expor sua visão política durante a entrevista feita na quarta-feira (23).
– Quero agradecer o nosso presidente [Jair Bolsonaro], no qual eu votei. Deixando bem claro que eu só votei no senhor porque o senhor tomou aquela facada e, por ser um cara do Exército, eu ponderei: “Esse cara, se ele não arrumar o Brasil”. Por que tínhamos aquela coisa da Lava Jato e eu já estava votando no outro partido há muito tempo (…). Então, eu votei com muito orgulho [em Bolsonaro] e, enfim, votarei outra vez – relatou ele, enquanto fazia agradecimentos a uma série de órgãos que o ajudaram.
VERSÃO DO MORADOR DE RUA
Durante a entrevista, publicada nesta quinta-feira (24), o morador de rua negou que o ato sexual tenha sido criminoso. De acordo com ele, a relação foi consensual, tendo a própria mulher o convidado para entrar no veículo.
Eu andava pela rua e ouvi um grito: “moço, moço”. (…) Olhei para trás e só tinha eu. (…) E ela confirmou comigo dizendo: “Quer namorar comigo?”. (…) “Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para te levar ao hotel”. Então, ela disse: “Pode ser no meu carro” – relatou.
Givaldo alega também que só tomou conhecimento de que a mulher era casada quando recebia atendimento médico no hospital. Até aquele momento, ele diz ter achado que estava sendo vítima de uma retaliação após testemunhar um motorista em um carro arrastando propositalmente uma mulher na região alguns dias antes.
O morador de rua, que é baiano, contou que foi casado, tem uma filha de 28 anos, e peregrinou por cidades da Bahia, Tocantins, Minas e Goiás até chegar a Brasília. Na capital federal, ele estaria vivendo uma rotina nas ruas entre abrigos públicos e casas de passagens.
Em função da briga com o personal, Givaldo teria sofrido um edema no olho e ficou com a costela quebrada. Questionado se estaria arrependido de estar envolvido no caso, o homem disse que, se pudesse, não teria olhado quando a mulher o chamou.
– Se eu pudesse, não olharia para trás, para aquela voz – completou.