Marcos Rogério, senador apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro, divulgou um vídeo onde comenta acerca da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de bloquear o aplicativo Telegram em território nacional.
O parlamentar solicitou ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que promova uma análise do processo no qual Moraes decidiu pelo bloqueio da rede social de mensagens, impossibilitando de uma vez só todos os usuários, que são milhões.
Rogério referiu-se a declaração do jornalista Augusto Nunes, que havia trazido a informação de que a Polícia Federal não teria feito qualquer pedido de bloqueio do aplicativo. Ao final da atração, Nunes corrigiu a informação, relatando que Anderson Torres – ministro da Justiça – informou que houve um pedido realizado, não pela instituição PF, mas pela delegada escolhida pelo ministro Moraes para conduzir seus inquéritos.
O parlamentar apontou que é de extrema importância que os documentos do processo sejam analisados com cautela, argumentando: “a gravidade dos fatos reclama uma análise profunda e a adoção das providências que se mostrarem cabíveis nesse momento. Ninguém está acima da lei”.
Ademais, outro ponto aventado pelo senador, é uma possível perseguição política:
“Outro ponto a ser examinado é até que ponto esse tipo de decisão está dentro dos limites da legalidade, da investigação de atos ilícitos, e se não está passando desses limites para perseguição de cunho político-eleitoral. Todo cidadão brasileiro tem direito de expressão e de livre manifestação do pensamento, da opinião, de suas preferências políticas. Todo cidadão. Ninguém, nem mesmo o Judiciário, pode tolher o livre exercício dessas liberdades, salvo se configurarem crime ou incitação ao crime. Escolher votar e defender as ideias políticas de um partido ou de outro partido, de um candidato ou de outro candidato, de uma ideologia ou de outra ideologia, não é crime. Não podemos criminalizar a opinião. Estamos diante de um fato extremamente grave”.