Presidente lidera em números na plataforma quando comparado aos demais pré-candidatos ao Planalto
O presidente Jair Bolsonaro ganhou 69.677 seguidores em seu canal do Telegram após a decisão do ministro Alexandre de Moraes de suspender o aplicativo no Brasil. A decisão do magistrado poderá ser cumprida nesta segunda-feira (21) se as condições impostas à empresa que gerencia o serviço não forem cumpridas.
Antes da determinação, que ocorreu na sexta-feira (18), Bolsonaro tinha 1.085.114 inscritos no canal. No início da tarde deste domingo (20), o número de seguidores chegou a 1.154.791. Na plataforma, o atual chefe do Executivo tem influência muito superior à dos prováveis concorrentes dele na corrida para presidente nas eleições deste ano.
O total de seguidores de Bolsonaro é mais de dez vezes maior que o de outros candidatos somados. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, tem 48,5 mil inscritos; Ciro Gomes (PDT), 19,3 mil; e Sergio Moro (Podemos), 5.335.
A decisão de Moraes atende a pedido da Polícia Federal. A corporação afirma que o Telegram está sendo usado para o cometimento de crimes de pedofilia, tráfico de drogas e de armas, entre outros delitos. A PF afirma que a empresa não tem colaborado com o cumprimento de ordens judiciais.
O Telegram manteve no ar, por vários meses, perfis ligados ao blogueiro Allan dos Santos, investigado no STF pela suspeita de atacar as instituições democráticas. Após a decisão do ministro que manda suspender o serviço, todos os perfis ligados ao investigado foram excluídos, assim como uma publicação do presidente que questiona a segurança das urnas eletrônicas.