Prisão preventiva foi decretada em outubro de 2021
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes pediu informações ao Ministério da Justiça acerca das medidas adotadas para a efetivação, junto ao governo dos Estados Unidos, do processo de extradição de Allan dos Santos.
A prisão preventiva foi decretada em outubro de 2021, a pedido da Polícia Federal (PF), por suspeitas de atuação em organização criminosa, crimes contra honra e incitação a crimes, preconceito e lavagem de dinheiro. Na época, ele já estava nos EUA.
“Oficie-se ao Secretário Nacional de Justiça para que, no prazo de cinco dias, informe acerca do andamento do pedido de extradição”, escreveu Moraes em decisão dada na sexta-feira 11, mas divulgada nesta segunda-feira, 14.
Ao Supremo, a PF apontou que Allan dos Santos, “a pretexto de atuar como jornalista”, assumiu a condição de um dos organizadores de um movimento responsável por ataques à Constituição, aos poderes de Estado e à democracia.
Moraes já havia determinado à Polícia Federal a inclusão do nome de Allan dos Santos na lista de Difusão Vermelha da Interpol, a polícia internacional. O pedido de prisão foi feito no âmbito do inquérito das Fake News.
O Ministério de Justiça recebeu ofício do Supremo para que procedesse ao início imediato do procedimento extradicional, e a Embaixada dos Estados Unidos foi informada da decretação de prisão.
O secretário nacional de Justiça, José Vicente Santini, tem cinco dias para informar ao ministro Alexandre de Moraes acerca do andamento do pedido de extradição.