O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) extinguiu a ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Estadual contra o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o ex-Secretário da Fazenda Hélcio Tokeshi. Os dois tinham sido acusados de desvios na ordem de R$ 3 bilhões do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para cobrir déficit financeiro do Sistema Previdenciário Estadual (SPPrev), destinado a servidores do Estado, em 2018.
O Ministério Público de São Paulo alegou que Alckmin e Tokeshi desrespeitaram uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para que, a partir de 2017, o governo readequasse a gestão orçamentária, destinando os recursos do Fundeb “exclusivamente para manutenção e desenvolvimento do ensino”.
O promotor de Justiça Ricardo Manuel Castro chegou a pedir que os gestores tivessem os bens bloqueados e devolvessem aos cofres públicos o valor que teria sido alocado indevidamente. Mas, o advogado de defesa, Fábio de Oliveira Machado, sustentou que Alckmin e Tokeshi já não ocupavam cargos públicos no período em que os recursos do Fundeb foram desviados para cobrir gastos com pessoal inativo – a partir de julho de 2018. Alckmin renunciou ao cargo em abril daquele ano.