O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, chamou de assassino nesta terça-feira (16) quem, segundo ele, sai às ruas “sem necessidade” durante a pandemia do vírus chinês.
Adotando discurso de rigor nunca visto antes por parte do governador liberal que de repente se transformou em um árduo defensor de medidas ditatoriais, Zema declarou: “Quem sai na rua desnecessariamente, quem faz alguma aglomeração, na minha opinião, pode ser tachado de assassino. Porque ele pode estar transmitindo um vírus para uma pessoa que não vai ter atendimento”, declarou Zema.
Romeu Zema admitiu, em uma pergunta feita pelo jornalista do Terça Livre Paulo Figueiredo durante entrevista no Jornal da Manhã da Jovem Pan, que fechou o estado sem nenhum embasamento científico concreto.
Paulo questionou, diante de uma ignorância mundial sobre o tema em que estudos científicos apontam na direção contrária ao lockdown, qual seria o embasamento para tomar uma medida sem estudos concretos.
Zema respondeu: “Eu vejo como prematura qualquer conclusão e embasamento científico é algo relativo neste momento. Nós ainda vamos ver. Conclusões talvez muito diferentes das que eu acredito hoje e que pessoas da saúde também acreditam vão ser vistas num futuro próximo. Eu vejo como precipitada qualquer conclusão científica”.
Para tentar embasar seu posicionamento, Zema adotou o rígido lockdown adotado no Reino Unido, que foi o 1º país europeu a passar dos 100 mil mortos por Covid-19 e disse que a Nova Zelândia — que já é um arquipélago — “está praticamente uma ilha”.