O Telegram é o aplicativo de mensagem mais popular da Ucrânia
O bilionário russo Pavel Durov, um dos fundadores do aplicativo de mensagem Telegram, se pronunciou nesta quinta-feira, 10, para assegurar que a privacidade de usuários ucranianos da plataforma está garantida, mesmo em tempos de conflito com a Rússia.
Em mensagem publicada nas redes sociais, Durov manifestou solidariedade aos ucranianos que utilizam o Telegram.
“Eu apoio nossos usuários não importa o que aconteça. O direito deles à privacidade é sagrado — agora mais do que nunca”, disse o executivo, que mora em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
Em seu pronunciamento nas redes sociais, Durov ainda argumentou que teve que deixar a Rússia em 2013 porque se recusou a colaborar com órgãos de inteligência para fornecer dados de usuários ucranianos. Na época, alega ter perdido seu negócio anterior.
“Nove anos atrás eu defendi a privacidade de informação dos ucranianos do governo russo e perdi minha empresa e minha casa. Eu faria tudo de novo sem hesitar”, afirmou o fundador do Telegram.
Cinco anos mais tarde, com Durov trabalhando do exterior, o Telegram foi banido da Rússia, mas o negócio prosperou internacionalmente. Em 2021, a empresa baseada em Dubai comemorou um bilhão de downloads.
O Telegram é o aplicativo de mensagem mais popular da Ucrânia e nas últimas semanas foi alvo de contestações nas redes sociais em relação à privacidade de usuários do país, em meio à invasão militar russa.
Episódios no Brasil
Recentemente o Telegram vem enfrentando pressão da Justiça brasileira em casos específicos envolvendo privacidade. Em fevereiro, a empresa atendeu um pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e apagou três perfis ligados ao jornalista Allan dos Santos, em ação de combate contra supostas milícias digitais, segundo a Corte.
Esta foi a primeira ordem judicial brasileira cumprida pelo Telegram. Até então, o aplicativo vinha ignorando decisões e tentativas de contatos de autoridades, inclusive do Tribunal Superior Eleitoral.