O projeto é encabeçado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
O Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) deve ser lançado na sexta-feira 11 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A elaboração contou com representantes de outras pastas, como o Ministério da Economia, de Minas e Energia, da Infraestrutura e da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos.
De acordo com o Canal Rural, que teve acesso ao PNF, a proposta envolve a implantação de medidas para reduzir a dependência de produtos nitrogenados em 51% e fosfatados em 5%, além de tornar o Brasil um exportador de potássio. Ela também traz a produção e o uso de fertilizantes orgânicos.
“O Plano Nacional de Fertilizantes é um plano a longo prazo, um plano de transformação de infraestrutura que visa a 30 anos”, disse Luis Rangel, diretor de Programas do Ministério da Agricultura e colaborador do projeto. “Pretendemos diminuir essa dependência de importação [de fertilizantes], que hoje é de 85%, para por volta de 50% a 55%.”
“A visão do PNF sobre a relação entre produção nacional e importação de fertilizantes no Brasil é que, sem a sua implementação, o país agravará a sua dependência em fertilizantes importados”, diz o texto do plano.
Segundo o documento, estima-se que a dependência brasileira de nitrogenados chegue a 95%; a de fosfatados, 72%; e a de potássicos, quase 97%.
Objetivos do Plano Nacional de Fertilizantes
A iniciativa desenhada pelo governo federal traça cinco objetivos estratégicos:
Modernizar, reativar e ampliar as plantas e projetos de fertilizantes existentes no Brasil;
Melhorar o ambiente de negócios no Brasil para atração de investimentos para a cadeia de fertilizantes e nutrição de plantas;
Promover vantagens competitivas na cadeia de produção nacional de fertilizantes para melhorar o suprimento do mercado brasileiro;
Ampliar os investimentos em PD&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) e no desenvolvimento da cadeia de fertilizantes e nutrição de plantas do Brasil;
Adequar a infraestrutura para integração de polos logísticos e viabilização de empreendimentos.