Emocionada, Ana Paula condena falas de Arthur do Val: “Nojo”

Comentarista pediu que alguma atitude urgente seja tomada contra o parlamentar

A comentarista Ana Paula Henkel, da Jovem Pan, condenou, na noite de sexta-feira (4), os comentários sexistas feitos pelo deputado estadual Arthur do Val (Podemos-SP) sobre as mulheres ucranianas. Durante sua participação no programa Os Pingos nos Is, Henkel pediu que alguma atitude seja tomada contra o parlamentar.

“É preciso que tomemos alguma ação eficaz em relação a esse político [Arthur], que seja a cassação, alguma coisa. Esse tipo de homem, esse tipo de pessoa, não pode e não deve estar presente desta maneira, com o dedo em ações políticas do cotidiano, da vida diária, dos paulistanos. É preciso fazer alguma coisa urgente”, declarou.

Ao falar sobre o assunto em suas redes sociais, Ana afirmou ainda que a palavra “nojo” definia o ocorrido, além de classificar o deputado como um “ser humano da pior espécie”, “sem princípios”, de “coração podre” e “alma fétida”.

“Eu não tenho palavras para descrever o que estou sentindo diante desses áudios do deputado estadual em SP revelados hoje. Mulheres e mães fragilizadas dentro de uma guerra, sendo aliciadas e abordadas como se estivessem em uma balada na noite de São Paulo”, escreveu.

ÁUDIO VAZADO

No áudio vazado nas redes sociais, o deputado estadual faz uma série de comentários machistas e preconceituosos sobre as refugiadas ucranianas. Nas gravações, o parlamentar afirma que as ucranianas “são fáceis porque são pobres”. Ele também diz que a quantidade de seguidores em seu Instagram facilitam o acesso às mulheres.

“Vou te dizer, são fáceis, porque elas são pobres. E aqui minha carta do Instagram, cheia de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, mas eu colei em duas “minas”, em dois grupos de “mina”, e é inacreditável a facilidade”, diz o deputado, em tom de vitória.

Ainda segundo o pré-candidato ao governo de São Paulo nas eleições deste ano, e aliado do ex-juiz Sergio Moro, que após a repercussão do fato rejeitou receber o apoio de Arthur, “a fila da melhor balada do Brasil não chega aos pés da fila de refugiados”.

“Só vou falar uma coisa para vocês: acabei de cruzar a fronteia a pé aqui, da Ucrânia com a Eslováquia. Eu juro, nunca na minha vida vi nada parecido em termos de “mina” bonita. A fila das refugiadas… Imagina uma fila sei lá, de 200 metros, só deusa. Sem noção, inacreditável, fora de série”, diz ele.

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