Pazuello diz que Brasil tem 562,9 milhões de doses para 2021, e que será substituído

‘Não pedi para sair’, disse ministro da Saúde, ao confirmar que Bolsonaro busca novo ministro

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro avalia nomes para uma iminente troca de comando no Ministério da Saúde, o titular da pasta, general Eduardo Pazuello, reuniu a imprensa na tarde desta segunda-feira (15) e anunciou que o Brasil já contratou 562,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19, para atender com tranquilidade toda a população de 212 milhões de brasileiros, ainda em 2021. Na coletiva que realizou um balanço das ações do governo no combate à pandemia, o ministro afirmou que não está doente, nem pediu ou pedirá demissão. Mas admitir que Bolsonaro avalia nomes para sucedê-lo, o ministro expôs .

Pazuello anunciou que o Brasil amplia o quadro de vacinação com a contratação de 100 milhões de doses da Pfizer e de 38 milhões do imunizante da Janssen, horas depois de a médica Ludhmila Hajjar apontar erros na compra das vacinas que atrasam a imunização dos brasileiros.

“Enquanto presidente decide, sigo trabalhando. Não estou doente, não pedi para sair e nenhum de nós está com problema algum. Quando presidente tomar decisão, faremos a transição de forma correta com continuidade, quando nos for determinado”, disse Pazuello, ao admitir que Bolsonaro tratou de sua sucessão em reunião da qual participou com a médica Ludhmila Hajjar.

Ao afirmar que a coletiva desta tarde já era planejada e não se tratava de uma despedida, Pazuello disse que tinha muito orgulho de estar cumprindo essa posição. E ressaltou que o problema com o qual se importa é com a pandemia, dizendo não se sentir pressionado pelas notícias de sua saída ou com fake news em torno do assunto.

O ministro comparou o momento de troca de comando, pela quarta vez, na pasta que combate a pandemia com uma manobra de guerra considerada a mais difícil que existe, que é a substituição em posição, que exige muita perícia para consumar a troca sem perder a posição já conquistada e nenhum dos integrantes da batalha.

“Não vamos parar nem um minuto. Todos estão focados . Compromisso que temos que ter é com a nação. Reitero que ministério tem todo interesse em apoiar estados e municípios. É obrigação e interesse do ministério em apoiar. Me coloco à disposição de todos os governadores e prefeitos. […] Os senhores não estão acostumados com isso. Estão acostumados com o político largar a caneta e ir embora. Não faremos assim”, concluiu Pazuello.

Fonte: Diário do Poder

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