Escritor havia celebrado corte do secretário de comitiva de Bolsonaro
O secretário nacional de Fomento e Incentivo à Cultura da Secretaria Especial de Cultura, André Porciuncula, disse neste domingo (13) que Paulo Coelho é um “maconheiro escritor de livro de colorir”. A crítica do chefe da Rouanet deu-se depois de o escritor comemorar seu corte da comitiva que o presidente Jair Bolsonaro (PL) levará à Rússia.
Porciuncula também se irritou com a postagem da Revista Fórum no Twitter sobre o comentário de Coelho. O capitão da Polícia Militar da Bahia disse que “maconheiro em redação de revista militante” também o tira do sério.
“Duas coisas que não me tiram do sério: maconheiro escritor de livro de colorir e maconheiro em redação de revista militante. Hahahahahaha”, disse o secretário.
Mais cedo, o escritor Paulo Coelho comentou a notícia de que André Porciuncula e o secretário da Cultura, Mário Frias, não fariam mais parte da viagem oficial da Presidência a Moscou de 14 a 17 de fevereiro. A Secretaria Especial de Cultura, vinculada ao Ministério do Turismo, disse que a participação dos membros da pasta foi cancelada “devido à orientação da presidência”.
Segundo Coelho, a não ida de Frias e de seu braço direito é “uma boa decisão de Bolsonaro”. O escritor chamou a dupla de “palermas” e criticou a gestão de ambos à frente da Cultura.
“Finalmente uma boa decisão de Jair Bolsonaro: limar os palermas Mário Frias e André Porciuncula –que prometem e não mostram os recibos da mamata da viagem aos EUA– de continuar o turismo tosco. Lembro q não permitiram o Festival do Capão captar recursos. Mas nós vimos a tempo”, declarou.
O cancelamento foi 1 dia depois de o Ministério Público pedir ao TCU (Tribunal de Contas da União) a apuração dos gastos da viagem oficial de Frias a Nova York em dezembro do ano passado.