Gleisi Hoffmann chamou de ‘barbaridade’ modelo para proposta de desestatização do governo brasileiro
O PT defende a revisão do processo de privatização da Eletrobras. A possibilidade foi levantada depois de uma reunião entre a presidente do PT, Gleisi Hoffmann e o ex-presidente Lula. Gleisi afirmou que, em caso de vitória de Lula nas eleições de outubro, o processo de privatização da Eletrobras será completamente revisto, pois o partido considera o modelo atual muito ruim.
A presidente da legenda não acredita que a privatização da estatal seja concluída antes da posse de um novo presidente. O modelo definido para a venda da estatal está em análise no Tribunal de Contas da União(TCU). Bolsonaro defendeu na sexta-feira, 11, o andamento das privatizações como dos Correios e da Eletrobras, mas disse que tudo depende do aval do Congresso.
“A privatização não é pegar uma estatal, botar na prateleira e ‘quem quer comprar leva’. É muito complexo. O Supremo Tribunal Federal decidiu que muitas dessas estatais tem que passar pelo crivo do parlamento. Assim está sendo tratado os Correios e a questão da Eletrobras também. Temos muita coisa em andamento, porque é um processo demorado. E, ao longo dos próximos anos, se o governo continuar com a filosofia semelhante à nossa, isso irá se transformar numa realidade”, afirmou Bolsonaro.
Nesta sexta-feira, 11, Lula recomendou que aliados não fiquem constrangidos por denúncias de supostas irregularidades da Petrobras durante os governos petistas, mas sim que defendam a política energética de seu governo e apresentem saídas para o setor. A estratégia do PT é antecipar os debates sobre assuntos polêmicos para evitar o desgaste mais perto das eleições.
Neste momento, o PT começa articular apoios para a eleição de outubro. A executiva nacional do PSOL confirmou que na próxima quarta-feira, 16, começa oficialmente as negociações para apoiar a candidatura de Lula na corrida ao Palácio do Planalto. Guilherme Boulos deve estar à frente para costurar esse acordo entre PT e PSOL.
O presidente nacional do PSOL, Juliano Medeiros, e a deputada federal Taliria Petroni também estão costurando os acordos. Mas, em troca do apoio a Lula, o PSOL vai estabelecer algumas condições como, por exemplo, a revogação da reforma trabalhista e a previdenciária, o teto de gastos, além do compromisso de que o PT fará uma reforma tributária para diminuir a taxação no consumo de bens essenciais e populares e crie a taxação de grandes fortunas.